Ninguém começa uma guerra desastrosa como essa - se é que existe alguma outra que não seja! - para depois admitir que estava errado na medida. Eu diria mais, diria que Bush é incompetente para julgar a sua decisão, ou que não cabe a ele se pronunciar sobre o acerto ou erro na decisão de intervir num país livre e soberano com argumentos que posteriormente foram reconhecidamente julgados falsos.
Bush é leniente consigo mesmo, sua auto-absolvição não tem valor, ou não faz sentido. Lamento dizer ao poderoso senhor presidente da América do Norte que ele errou. Errou moralmente, errou estrategicamente e errou legalmente ao intervir num país livre e soberano, procurando no lugar errado o culpado pelos ataques de 11 de setembro.
O povo americano, seduzido pelo desejo de vingança, aceitou uma decisão estúpida do seu líder não menos. Lamenta-se na América a morte de quatro mil soldados, esquecendo-se que essa mesma guerra custou a vida de centenas de milhares de civis iraquianos inocentes. A história costuma inocentar os poderosos, mas eu não posso concordar com a tese de que os fins julstificam os meios: a humanidade já esqueceu das bombas atômicas sobre Hiroxima e Nagasaki?
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